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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no
desenvolvimento infantil
O brincar é imprescindível para o desenvolvimento infantil e fundamenta a aprendizagem por meio de avanços sociais e cognitivos mediados pelo brinquedo.
O brincar, tão característico da infância, traz inúmeras vantagens para a constituição da criança, proporcionando a capacitação de uma série de experiências que irão contribuir para o desenvolvimento futuro dela.
O brincar relaciona-se com a aprendizagem.Brincar é aprender; na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino-aprendizagem.
A criança, ao brincar, expressa sua linguagem por meio de gestos e atitudes, as quais estão repletas de significados, visto que ela investe sua afetividade nessa atividade. Por isso a brincadeira deve ser encarada como algo sério e
que é fundamental para o desenvolvimento infantil.
Na brincadeira,as normas se encaixam no mundo infantil. Não é uma tentativa de fuga
da realidade, mas, sim, uma busca por conhecê-la cada vez mais. No brincar, a criança constrói e recria um mundo onde seu espaço esteja garantido. As pressões
sofridas no cotidiano de uma criança são compensadas por sua capacidade de imaginar; assim, fantasias de super-heróis, por exemplo, são construídas. (MELO &
VALLE, 2005)
A brincadeira proporciona à criança um contato com sentimentos de alegria, sucesso, realizações de seus desejos, bem como o sentimento de frustração. Esse jogo de emoções a ajuda a estruturar sua personalidade e a lidar com angústias.
O brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e concentração, estimula a auto-estima e ajuda a desenvolver relações de confiança consigo e com os outros. Colabora para que a criança trabalhe sua relação com o mundo, dividindo espaços e experiências com outras pessoas.
“Nenhuma criança brinca só para passar o tempo,
sua escolha é motivada por processos íntimos,
desejos, problemas, ansiedades. O que está
acontecendo com a mente da criança determina
suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem
secreta, que devemos respeitar mesmo se não a
entendemos.” (GARDNEI apud FERREIRA;
MISSE; BONADIO, 2004)
Para Vygotsky (1998), a imaginação surge originalmente da ação.A situação imaginária de qualquer brincar está incutida de normas de comportamento. Dessa forma, é possível
concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas a priori; o brincar está envolvido em regras da sociedade. Por exemplo:
a criança imagina-se como mãe de uma boneca; nesse brincar ela irá obedecer às regras do comportamento maternal. O papel que a criança representa e a relação
dela com o objeto sempre derivarão das regras.
No brincar, a criança consegue separar pensamento (significado de
uma palavra) de objetos, e a ação surge das idéias, não das coisas. Por exemplo: um pedaço de madeira tornase um boneco. Isso representa uma grande evolução na
maturidade da criança.
Para Vygotsky,o brinquedo fornece uma situação de transição entre a ação da criança com objetos concretos e as suas ações com significados. Fator importante para o desenvolvimento da criança.
A infância é uma fase que marca a vida do individuo e o brincar deve ser estimulado, já que é responsável pelo auxílio nas evoluções psíquicas.
Para Vygotsky o brincar satisfaz certas necessidades da criança e essas necessidades são distintas em cada fase da criança, pois vão mudando no decorrer de sua maturação. Com isso, o brincar toma novos contornos, modificando-se, também, para atender às novas necessidades que vão surgindo no contexto da criança.
Amanda Alencar Machado Rolim
Siena Sales Freitas Guerra
Mônica Mota Tassigny
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